O artista indígena Txa Txu Pataxó, de 26 anos, natural da Aldeia Porto do Boi, próxima ao distrito de Caraíva, em Porto Seguro (BA), está representando a ancestralidade de seu povo na exposição internacional “Dichotomie”, inaugurada em 27 de maio de 2025 no L’Espace des Arts, da Fundação Paulo Coelho e Christina Oiticica, em Genebra, Suíça.
A mostra, com curadoria de Marcelo Mendonça, une Land Art e arte indígena, apresentando pinturas, grafismos e fotografias que dialogam sobre dualidade e conexão com a terra. A colaboração entre Txa Txu e Christina Oiticica surgiu do desejo da artista brasileira de reconectar-se com raízes culturais do Brasil. Juntos, eles criaram obras que foram enterradas por um ano sob uma gameleira sagrada, incorporando camadas de ancestralidade, natureza e espiritualidade.
Para Txa Txu, a participação na exposição é uma oportunidade de levar a arte milenar de seu povo ao mundo. Ele começou a pintar aos 8 anos, inspirado por seu tio Chauan, que lhe ensinou as técnicas do grafismo Pataxó. “É uma honra levar a arte do meu povo para a Suíça. Uma arte que nossos ancestrais deixaram para futuras gerações, uma arte milenar”, declarou o artista.